Entrevista com Alexandre Brandão – Camila Nuic e Yolanda Vilela

Derivas Analíticas - O que você poderia destacar como seu campo de interesse e mesmo de entrada nas artes?

Alexandre Brandão - O que sempre me interessou como campo de trabalho e pesquisa dentro das artes visuais é o desenho, considerado em sua característica mais elementar, como traço, estudo, esboço e, nesse sentido, um campo de passagem. O desenho tomado em sua característica temporal, de formação, mais do que qualquer coisa. Para mim, portanto, é o meio que escapa à fixidez. Dentro da história da arte, o desenho levou algum tempo para ganhar autonomia como linguagem, o que aconteceu efetivamente a partir dos modernistas, no final do século XIX. Diante da presença proeminente da pintura e escultura, em toda a história da arte o desenho foi tomado principalmente como etapa intermediária, uma preparação para se chegar ao produto final, a obra acabada. Interessa-me desde o início essa natureza do desenho, a passagem, este entre, sua função de materialização direta do “mental”, o que fica entre o pensamento e a matéria.

Derivas Analíticas - A fixidez seria sem materialidade, sem substância, ela seria sutil. É interessante como, em sua obra, você consegue transmitir o entre. É muito difícil transmitir o processo… Há um trabalho seu, um vídeo que remete à passagem do tempo: duas mãos, a areia escorregando de uma mão para a outra, numa tentativa de capturar, de mostrar, talvez, a evanescência…

Alexandre Brandão - Essa natureza impalpável da passagem seria a principal questão que me norteia, a questão que dá forma à minha poética como artista, desde quando eu me considero como tal. É justamente isto — a busca por algo que me escapa indefinidamente — que atravessa todo o meu trabalho desde o princípio. E esse ponto é tomado de diversas maneiras, através de diversos formatos ao longo do meu processo artístico. Eu considero que sempre tive uma ligação com o processual que é do caráter mesmo do desenho. O desenho como ideia, como o meio mais direto para materializar a ideia, e que por isso mesmo se mantém inacabado. Essa animação — Por entre os dedos — ilustra muito bem essa intenção. Duas mãos se posicionam uma acima da outra, de modo que passa a escorrer areia entre elas, um filete contínuo de areia que se forma entre a mão de cima e a de baixo, formando uma espécie de ampulheta de fluxo interminável.

Alexandre Brandão - Esse trabalho representa um exercício nesse sentido, espécie de procura do que ali está invisível, localizado ao redor, em movimento constante. E essa busca se materializa naquela árvore construída por sacos plásticos que se infla e se movimenta à medida que o vento a atravessa. Miravento se propõe a ser obra, enquanto vídeo finalizado e, ao mesmo tempo, registro de processo, sempre aberto. A meu ver, Miravento comporta a questão do entre na medida em que é um trabalho em vídeo estruturado a partir da produção de uma escultura, que por sua vez é instalada como intervenção na paisagem natural. São definições que ficam em suspenso se pensarmos o que seria a obra, o objeto denominado Miravento, construído e instalado na natureza, ou o próprio vídeo, registro do seu fazer.

Derivas Analíticas - É interessante como você tenta integrar o fazer

Alexandre Brandão - Este é um dos pontos que me interessa em Miravento: a questão temporal inacabada, que está ali compreendida no processo de construção. Esse trabalho seria uma maneira de fazer com que o processo de sua própria feitura se refaça a cada vez que é assistido.

Derivas Analíticas - O desenho também representa para você uma forma de capturar o instantâneo. Algo que foi transmitido pelo seu pai, que também é artista plástico. Ele também tinha uma relação com o desenho?

Alexandre Brandão - Eu diria que foi algo que adquiri por estar muito próximo dele. O trabalho do meu pai sempre teve uma relação forte com o desenho, o que, já há algum tempo, se transferiu para a pintura. Bem no começo da carreira dele o desenho era o meio principal para o seu fazer artístico. Esse contato com o meu pai talvez tenha sido o primeiro momento de impressão, de ter sido tomado, aquilo que você vê e não entende, não sabe como foi feito. Um mistério, aquilo que você olha, não entende e, por isso mesmo, fica ainda mais fascinado. Esse fascínio de não conseguir compreender a coisa por completo. O desenho estava ali desde sempre e, desde que optei por fazer arte, é o que eu escolhi para pesquisar e trabalhar.

Derivas Analíticas - Lembrei-me de uma frase do psicanalista Jacques Lacan: “prescindir do pai com a condição de servir-se dele”. A sua relação com o desenho é, certamente, muito singular; porém, poderíamos dizer que existe ali um traço do que te foi transmitido, digamos, há uma linha que subsiste…

Alexandre Brandão – É engraçado, porque identifico a mudança que se operou no meu trabalho quando me desvencilhei de algumas influências diretas que me foram transmitidas através do trabalho dele. Eu queria desenhar como ele desenhava no final da década de 1970. Mas, a partir de um determinado momento, com a ampliação de minhas referências e interesses, eu senti que deveria seguir um caminho mais desconhecido. E foi a partir daí que houve uma virada no meu trabalho. Miravento talvez seja um dos momentos importantes desse desvio. Há outro vídeo, o Entrequando, que veio antes do Miravento e que foi minha primeira experiência com vídeo, importante também nessa trajetória. A possibilidade de trabalhar o desenho de tal maneira que ele não ficasse só no suporte papel, naquela sua configuração tradicional, lápis e grafite sobre o papel, técnicas que eu utilizava demais. Eu fugi um pouco à minha formação inicial, e o desenho virou dança, virou sombra, vídeo, objeto, movimento, tempo.

Derivas Analíticas - Você tomou o traço e do traço você fez outra coisa… Em certo momento de seu ensino, Jaques Lacan, invertendo a perspectiva que predominava em certos meios, irá dizer que o verdadeiro intérprete do inconsciente é a arte. Lacan retira todo psicologismo da relação do sujeito com a arte, ou seja, a ideia de que “isto significa aquilo”. Ele vai dizer também que o artista está muito além do psicanalista. Sobre Marguerite Duras, por exemplo, ele disse que ela escreveu o que ele mesmo ensinava muito antes dele. Para Lacan, portanto, os artistas sabem mais que os psicanalistas. A partir do que você faz e do que você vê em trabalhos de outros artistas contemporâneos, você concorda com essa visão?

Alexandre Brandão - Eu acho que a arte tem a função de complicar mais as coisas, de nos jogar para o desconhecido. Gosto de uma frase de Waltério Caldas, para quem a arte seria a “forma de criar desconhecimento”, diferenciando-se, assim, da cultura, que vive do que já conhece. Não tenho certeza, mas considero que ainda hoje há um sujeito. Eu digo isso talvez influenciado por coisas que eu tenho lido recentemente. Acredito que essa dimensão do sujeito que interpreta não se perde. É o que defende, por exemplo, Georges Didi-Huberman, em seu livro O que vemos e o que nos olha, onde combina referências como Freud e Walter Benjamin para tecer sua leitura sobre a imagem. Ele sustenta seu estudo sobre as imagens e o olhar a partir da análise de obras minimalistas, principalmente de Tony Smith. São artistas que propunham que suas obras se encerravam em si mesmas, numa visão tautológica que defendia que “o que você vê é só que você vê”. Aquilo que está ali na sua frente é exatamente como se apresenta na superfície, sem interpretações, sem ilusões, como se cada pessoa pudesse olhar e enxergar a mesma coisa, em qualquer condição. Didi-Huberman problematiza essa questão dizendo que aquele cubo negro que está diante de mim, por exemplo, não se esgota em si. Para ele, a mais simples imagem nunca é simples, ela sempre carrega uma latência e uma potência. A partir daquele cubo de escalas humanas, por exemplo, posso ser atravessado e inquietado pela ideia da vida e da morte. Ou seja, as imagens, ao se abrirem diante de nós, estariam abrindo em nós uma fratura que carregamos.

Derivas Analíticas - A singularidade do olhar e não a objetividade da obra?

Alexandre Brandão – Isso. E isso por mais que a gente vivencie uma obra que seja extremamente conceitual, politizada ou que trate de questões que são muito objetivas. Eu acho que hoje a gente possui um universo de informações muito grande, e os artistas não têm como fugir disso. É como se os artistas, hoje, trabalhassem numa outra camada, uma rede preexistente de signos e significações. Trabalha-se com formas já produzidas, em um processo de edição mais do que de criação. Mas, mesmo assim, acho que isso ainda não exclui o sujeito. Eu me deparo às vezes mostrando meu trabalho para alguém que me devolve algo que eu jamais poderia pensar, e é isso que vai deixando o processo ainda mais rico. A minha leitura sobre o meu próprio trabalho se renova a cada vez que eu converso com outra pessoa que viu aquilo. Eu não gosto de pensar num trabalho que se fecha, mas em um trabalho que a cada vez impulsione mais imagens. Para mim, a riqueza está aí, pelo menos é isso que eu espero em um trabalho, algo que me deixe em suspenso, que gere inquietude, estranheza. Sem ser muito direto, como um problema lógico que tenha que ser resolvido na hora, à sua frente…

Derivas Analíticas - É nesse sentido que podemos pensar que a arte interpreta, na medida em que não há uma resposta fixa, mas algo vivo sempre a interrogar…

Alexandre Brandão - Sim, ela te devolve, ela sempre está ali te enfrentando, te inquietando.

Derivas Analíticas -Parece-me que a noção de acaso está bastante presente em seu trabalho. Vi seus “cubos” e fiquei me perguntando se você seria leitor de Mallarmé… Você chega a estabelecer alguma relação mais direta entre o seu trabalho plástico e o “lance de dados”?

Alexandre Brandão - Esse trabalho não possui uma relação direta nem causal com Mallarmé, apesar do procedimento centrado no acaso.

Derivas Analíticas - Big Bang é uma obra muito interessante, com todos aqueles traços que evocam algo lançado ao acaso. Ao mesmo tempo, Big Bang faz pensar em uma origem qualquer…

Alexandre Brandão – Acredito que Big Bang tenha sido a minha primeira tentativa de colocar o elementoacaso dentro da minha pesquisa, mas nasceu primeiramente de um interesse pelo objeto e pela dinâmica do jogo. Fazendo referência à gramática minimalista (e de alguma maneira, criando uma impureza em seu discurso), tive vontade de trabalhar então com um cubo que se movimentasse, que não fosse estático, e o símbolo máximo seria o dado. O dado, com suas características, apontaria para o universo da abstração geométrica, ao mesmo tempo que seria um objeto retirado do mundo, ambiguidade que vem me interessando bastante ultimamente. O dado é de certa forma um símbolo do infinito, objeto passível de movimento, núcleo geométrico onde está encerrada uma infinitude de resultados e possibilidades, nunca previstos ou controlados. Esse trabalho surgiu da vontade de transformar esse cubo jogado à maneira de um jogo de dados em um instrumento de desenho, dispositivo que produzisse traços de maneira que escapasse ao meu controle. Nesse trabalho, o dado é confeccionado a partir de peças de carvão vegetal polido com lixa e jogado contra um tabuleiro forrado de papel algodão, onde ele deixa suas marcas. O título Big Bang surgiu a partir da semelhança dos traços e pontinhos no papel com pequenos universos — tecendo uma relação com a origem ao acaso —, além de remeter ao barulho do dado lançado contra o suporte. Outro trabalho que se estrutura na imprevisibilidade é o Áurea. Nele um tecido fino de tule é suspenso entre duas luminárias dispostas frente a frente. Os refletores projetam dois círculos de luz que coincidem perfeitamente quando o tecido está em repouso. No entanto, por ser um tecido muito leve, o tule responde aos deslocamentos à sua volta, e esses círculos de luz se movimentam e se desencontram. Penso que Áurea representa o que eu estava dizendo sobre a obra em processo de formação, onde tudo está dado, ou seja, a luz nasce das luminárias colocadas ali na sua frente, os círculos são resultados diretos da forma intrínseca ao objeto e, por fim, a movimentação das formas acontece diante do espectador. Tudo acontecendo ali, em um mecanismo desvelado que funde agente, ação e resultado. E é isso que talvez seja o guia desses últimos trabalhos. Por exemplo, o lápis apontado no trabalho Mina. O ato de apontar um lápis é o método preparatório tradicional para a confecção do desenho. Na medida em que proponho o próprio apontar, o próprio método de preparação da obra como uma obra em si, o trabalho passa a se constituir em um tempo suspenso. O trabalho se assume como a sobra de um processo, este sempre a se repetir. 

 

 

Derivas Analíticas – A dimensão do acaso fica clara no trabalho Áurea. Esse tecido levíssimo tem algo da ordem de um acaso, pois não se tem como capturar todas as variáveis, o vento bate a cada hora de um jeito. Isso pode se dar ou não… Atualmente você está envolvido em qual trabalho?

Alexandre Brandão - O projeto com o qual estou envolvido atualmente se chama Volta. É uma proposta que consiste em enviar cartas para mim mesmo, de diferentes correios da cidade de São Paulo, onde resido atualmente. Dentro dos envelopes são colocados os trajetos desenhados, utilizados para se chegar àquela determinada agência de correios. O desenho do trajeto a ser percorrido entre minha casa e o correio é gerado eletronicamente pelo Google Maps e traçado por mim no papel a partir da observação da tela do computador. Cada mapa forma um desenho diferente e deve possuir as informações necessárias para que eu chegue naquela agência determinada. Assim que chego na agência, coloco o desenho dentro do envelope, remeto para meu próprio endereço e o recebo alguns dias depois. Nessa correspondência comigo mesmo, o desenho funciona como uma “memória futura” lançada em minha direção. Antes de ser postado, enquanto mapa a ser seguido, o desenho se atualiza à medida que aquele espaço vai se abrindo, sendo traçado, portanto, uma segunda vez pelo meu caminhar. Nesse instante, ele se apresenta como um “agora”. Na medida em que chego ao correio e encapsulo aquele desenho no envelope, ele passa a pertencer à ordem do passado, mas um passado que vai ao encontro do futuro. Tudo se mistura ali, nessa memória lançada para mim no tempo. Volta pode ser interpretado como uma prática de me estender no espaço e no tempo. Eu tenho sempre que me garantir que eu vou estar ali em breve para receber as cartas.

Derivas Analíticas - Um jeito de permanecer vivo?

Alexandre Brandão - [risos] É algo por aí…

Derivas Analíticas - “Uma carta sempre chega a seu destino”, diz também o psicanalista Lacan [risos]…

Alexandre Brandão - Quando eu estava para voltar da Inglaterra, eu mandei uma carta para mim com a seguinte frase: “Amanhã sou o mesmo que é um outro”. Junto a essa frase, fiz o desenho de duas mãos formando o símbolo do infinito. E eu recebi a carta quando voltei para o Brasil. Esse trabalho de agora é uma retomada desse procedimento. Na verdade, a ideia é que o caminhar, o percorrer o trajeto, seja o próprio fim. E, dessa forma, a ação se volta para ela mesma.

Derivas Analíticas - Isso que você diz é interessante porque, de certa forma, você se serve das categorias do passado e do futuro para dar relevo ao instante, ao presente.

Alexandre Brandão - Sim, acho que é enxergar as coisas como uma unidade.

Derivas Analíticas - Um passado não tão distinto do presente nem do futuro, sem muita separação, o que também é uma concepção do escritor francês Pascal Quignard.

Alexandre Brandão - O filósofo francês Henri Bergson também fala muito do tempo sob uma perspectiva parecida. Ele parte da ideia de “duração” para definir a natureza do tempo. Acho que esse trabalho tem um quê bergsoniano. Bergson diz que a duração é da ordem do tempo vivido, diferente do tempo objetivo, que pode ser fragmentado e previsto. Portanto, a duração não se constitui como sucessão de instantes, e sim como progresso contínuo do passado que avança sobre o presente, se acumulando incessantemente. O presente, portanto, é o lugar da passagem, enquanto o passado, de natureza autônoma, conserva a si mesmo e se acumula. Todos os tempos coexistem na duração de Bergson.

Derivas Analíticas - A rubrica sob a qual se inscreve esta entrevista se chama “Você disse contemporâneo?” Existe aí uma pergunta que questiona, de certo modo, o estatuto mesmo do que se diz contemporâneo. Quando dizemos “arte contemporânea”, isso é algo que não deixa de trazer certa ambiguidade, uma vez que podemos nos perguntar em que medida essa coincidência temporal remeteria a uma pura atualidade. E seu trabalho Alexandre, parece tocar, tangenciar essa atualidade…

Alexandre Brandão - Em um texto bem interessante publicado no Caderno SESC/Videobrasil 06 (2010), chamado Camaradas do tempo, Boris Groys (pensador alemão, professor de filosofia e teoria da arte) fala justamente dessa condição contemporânea do tempo e sua abordagem pela arte contemporânea. Na modernidade, a noção histórica desenvolvimentista levava à aplicação do tempo na realização de planos e projetos que apontassem para um futuro utópico, sempre a ser alcançado. O tempo gasto na execução desses projetos seria de alguma maneira compensado e absorvido pela história. Na contemporaneidade, período de hesitação e descrença, o projeto moderno passa a ser questionado e reformulado. Ou seja, o tempo, que serviria para ser depositado em um futuro promissor, torna-se agora, no presente, excedente. Se antes o tempo era um tempo da produção, da aplicação em algo a ser atingido dentro de uma perspectiva histórica, agora ele sobrou em nossas mãos. O presente passa a ser o lugar que habitamos, onde estamos encerrados, caracterizado por um tempo não produtivo, desperdiçado, suspenso. Ou seja, não há mais essa ideia de uma história que deve ser continuada em um futuro indefinido. Gosto dessa análise e, pensando em minha produção, considero que grande parte de meus trabalhos é atravessada pela ideia de intervalo, característica talvez associada a um discurso do desenho. A valorização do processo, a atuação dentro das possibilidades de tentativa e erro, construção e desconstrução.

Derivas Analíticas - É curioso ouvir você falar em “excesso de tempo”, pois escutamos com frequência as pessoas se queixarem de uma falta de tempo. Fiquei pensando também nesse tempo que pode ser consumido, o tempo como objeto de consumo, isso também é uma questão. O tempo de repente não é mais para ser usado para o futuro de uma geração, por exemplo, mas um tempo para ser consumido. Uma última questão: você tem ou já teve alguma relação com a psicanálise?

Alexandre Brandão – Já tive. Fiz análise por um bom tempo.

Derivas Analíticas - E para você essa experiência foi importante?

Alexandre Brandão - Sim. Minha relação com a psicanálise vem desde a infância.


Miravento – 2008 Miravento é um encontro entre intervenção na natureza e vídeo. A criação de um objeto vivo, constituído por uma forma híbrida a partir da mistura de materiais industriais e naturais, animada pela força do vento. Um ser estranho e poético que passa a habitar a paisagem. Funcionando como registro e obra, o vídeo acompanha o processo de construção de um Miravento: da procura da árvore à sua preparação e colocação no espaço escolhido. Fonte: Alexandre Brandão

Entrevista conduzida por Camila Nuic e Yolanda Vilela em 15 jul. 2013.

Derivas analíticas  agradece a Alexandre Brandão pela disponibilidade e generosidade na concessão desta entrevista. Nossos agradecimentos vão também para Camila Nuic, que nos fez conhecer o trabalho de Alexandre e intermediou o contato com o artista.  


 NOTA 

Natural de Belo Horizonte (MG), Alexandre Brandão atualmente vive e trabalha em São Paulo (SP). Formado em comunicação social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e em artes plásticas pela Escola Guignard da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), desenvolve trabalhos que transitam entre desenho, vídeo, objeto e instalação. Tem participado de festivais e exposições no Brasil e no exterior, entre os quais se destacam: Bienal de Filmes de Arte de Colônia (Alemanha, 2005); Red Bull House of Art(curadoria de Luisa Duarte e Fernando Oliva, São Paulo, 2011); XVII Festival Internacional de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil (São Paulo, 2011); PIESP – Exposição (curadoria de Adriano Pedrosa, São Paulo, 2012); XVIII Festival Internacional de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil (São Paulo, 2013), além das individuais Entrebranco (2006, Palácio das Artes, Belo Horizonte), Quase Sombra (2012, espaço Pivo, organização e texto de Fernando Oliva) e Alexandre Brandão (Galeria Leme, São Paulo, 2013). Em 2010 ganhou o 2º Prêmio na V Bienal Interamericana de Videoarte (Washington, EUA, 2010).


REFERÊNCIAS
 

BERGSON, H. Matéria e memória. São Paulo: Martins Fontes, 2006. 

BERGSON, H. O pensamento e o movente – ensaios e conferências. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 

DIDI-HUBERMAN, G. O que vemos o que nos olha. São Paulo: Editora 34, 1998. 

GROYS, B. Camaradas do tempo. Caderno Sesc Videobrasil – Turista motorista, São Paulo: Edições SESC-SP: Associação Cultural Videobrasil, v. 6, n. 6, p. 119-127, 2010. Anual.

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