poemetos infamitos
Te-odoro Re-nó Ás-sucção
(Pós-lítico do fálico UFMichê)
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[Mito!] minto: meto medo, mato! |
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[arte experimental] criar do “nada” os novos fatos escandalosos e concentrar em si o foco inútil e fake |
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[“(...) e dizer sempre muito obrigado”] BolsoNero do circo-horror com pouco pão, bolso negro do capital financeiro capitão, “mais valia” ter algum trabalho que nada e com água de torneira fazer a limonada. |
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[re-signação] não ao a-não! re-signe ação! |
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[dia bem preenchido (?)] mil e uma notícias lidas, mil posts de zaps e instas, um gozo influencer difuso, por que então esta insônia? |
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[anti-deprê-falastrão] Clô ri do ato do fulo sem tino. |
[prozac] pró-zap, ore paz. |
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[raio lazer] diário paraíso ordinário: NET-FELIX! |
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[dois vírus]
anos-pus
rapidinho
infectando:
coroa-vírus.
e já medo,
isolamento
e paranoia:
corona-vírus
sufocando o ar.
[ouvir os...]
viro
vírus:
vir do
ouvir
do vírus:
vívido
ouvi dor.
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[micro-velório compulsório] sem choro nem vela, nem uma fita amarela, apenas a vala comum pro caixão qualquer-um. |
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[cá valão] próprio túmulo: cavá-lo. |
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[viralização forçada] na república necrótica de cadáveres imundos, coronavírus se refestela e com o poli-anonimato faz sua infame gloríola diária e logo esquecida. |
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